Descubra como os Baby Boomers lidaram (ou não) com sua saúde mental, o impacto disso até hoje e como as novas gerações podem transformar essa realidade com empatia e diálogo.
Imagine viver em um mundo onde falar sobre depressão era visto como fraqueza, onde ansiedade era ignorada e saúde mental… nem era mencionada. Esse foi o cenário enfrentado pela geração Baby Boomer — pessoas nascidas entre 1946 e 1964 — que cresceram em meio a guerras, mudanças sociais intensas e expectativas rígidas sobre o que significava “ser forte”.
Mas o que isso tem a ver com a gente, jovens das gerações Z e Alpha? Tudo.
Uma geração que aprendeu a calar a dor
Os Boomers foram ensinados desde cedo a “engolir o choro”, “ser durões” e esconder o que sentiam. Em uma época marcada pelo pós-guerra, escassez e o início de uma revolução cultural, cuidar da mente não era prioridade. Na verdade, muitos nem sabiam que isso era possível.
Expressar emoções era sinônimo de fraqueza, e buscar ajuda psicológica era visto com preconceito. O resultado? Muitos viveram (e ainda vivem) com traumas, ansiedade e depressão, mas sem nomear ou tratar isso.
Consequências que ecoam até hoje
Essa cultura do silêncio fez com que diversos Boomers lidassem com a solidão e a culpa em silêncio. Muitos carregam sintomas de transtornos mentais sem diagnóstico, e quando finalmente procuram ajuda, enfrentam o medo do julgamento — até mesmo dentro da própria família.
Hoje, com mais de 60 ou 70 anos, boa parte dessa geração ainda reluta em falar sobre seus sentimentos, mesmo que o mundo tenha mudado. E isso impacta até o convívio com filhos e netos, muitas vezes gerando ruídos na comunicação entre gerações.
O contraste com a Geração Z e Alpha
Se os Boomers aprenderam a se calar, a Geração Z está aprendendo a se expressar. Hoje, vemos jovens falando abertamente sobre ansiedade, terapia, TDAH, burnout, e usando as redes sociais como espaço de apoio e informação.
Mas a pergunta é: será que estamos ouvindo os Boomers?
Com tantas transformações acontecendo, temos a chance de resgatar um diálogo que foi perdido no tempo. Entender o passado deles nos ajuda a construir pontes — e, mais importante, a oferecer empatia.
O que podemos aprender com tudo isso?
- A saúde mental não tem idade: falar sobre sentimentos é necessário em qualquer fase da vida.
- Empatia é revolução: compreender a realidade emocional dos nossos pais e avós pode curar feridas de gerações.
- O silêncio é um grito abafado: ouvir com paciência pode ser o primeiro passo para libertar alguém que viveu décadas calado.
E agora? O futuro da saúde mental entre gerações
Estamos diante de uma grande virada. A forma como tratamos a saúde mental hoje pode mudar o futuro das relações humanas. E isso inclui olhar para trás com carinho, entender os traumas dos nossos ancestrais e ajudá-los a viver com mais leveza.
Os Boomers sofreram em silêncio. Nós podemos falar — e também ouvir.