Eles não estão apenas jogando — estão criando, influenciando, consumindo e redesenhando o futuro de toda uma indústria
A Geração Z não está apenas jogando — ela está mudando as regras do jogo. Nascida entre meados dos anos 1990 e 2010, essa galera cresceu com um celular na mão, Wi-Fi no ar e redes sociais como extensão da própria identidade. São os jovens de 15 a 30 anos que, mais do que nunca, estão dominando o universo digital com criatividade, autenticidade e sede por inovação. E em nenhum lugar essa revolução é tão intensa quanto no mundo dos games.
Com mais de 51 milhões de brasileiros pertencentes a essa geração (quase um quarto da população!), o impacto deles já é sentido nas estratégias das maiores empresas do planeta. Só que ao contrário das gerações anteriores, eles não são apenas consumidores: são criadores, influenciadores, streamers, desenvolvedores, empreendedores e trendsetters. Tudo ao mesmo tempo. Eles não querem só jogar — querem fazer parte do game.
Games: muito mais que passatempo, é estilo de vida
De acordo com um levantamento da Twitch, os jovens da Geração Z passam, em média, 7 horas por semana jogando — e isso é só a média. Entre 100 jovens, 77 preferem jogar no celular, mas consoles e PCs ainda têm seu lugar. O mais interessante? Para 55% deles, o foco está nos jogos multiplayer, porque ali está algo que valorizam muito: interação com amigos.
Para essa galera, jogar é socializar. Os games ocupam um espaço mais importante do que filmes e séries, funcionando como ponto de encontro, válvula de escape e palco de expressão. Não é exagero dizer que eles veem os jogos como uma extensão da vida real — onde constroem identidades, formam grupos e vivem experiências únicas.
Memes, emojis e linguagem gamer: a nova forma de se conectar
Além dos jogos, a linguagem gamer também ganhou espaço em todas as outras áreas. Eles se comunicam com siglas, emojis, gírias e, claro, memes. Segundo pesquisa da Trope em parceria com o Instituto Z e Saquinho, 80% dos jovens afirmam que os memes os ajudam a se conectar com outras pessoas. Ou seja, o meme virou moeda social.
E esse fenômeno não é só sobre humor: ele movimenta o mercado. Marcas que entendem e falam essa nova língua saem na frente. A publicidade está sendo obrigada a se adaptar, criando campanhas com a mesma leveza, agilidade e criatividade que os influenciadores gamers entregam todos os dias em plataformas como Twitch, YouTube e TikTok.
Geração Z e o consumo digital: mais rápida, mais conectada, mais exigente
A Geração Z é 100% digital — e isso se reflete no consumo. Segundo dados do Itaú, 36% das compras feitas por esses jovens são online, superando a média nacional. Além disso, eles são os que mais usam pagamento por aproximação, com 38% das transações feitas dessa forma. É conveniência no clique.
Mas o que eles compram? De acordo com um estudo do app NG.CASH, os gastos estão muito ligados ao universo dos games: 48% dos jovens com menos de 18 anos gastam com jogos, skins e itens dentro de plataformas. Eles também investem em delivery, transporte, streaming e plataformas de lives e música.
Ou seja, tudo gira em torno do que é rápido, acessível, personalizável e digital. Para a Geração Z, comprar não é apenas adquirir — é viver uma experiência que faz sentido com seus valores e estilo de vida.
Do game ao business: o protagonismo nas empresas
O impacto da Geração Z vai além das telas — já está moldando o próprio mercado de trabalho e o futuro das empresas. Eles não só consomem conteúdo: produzem, compartilham e lideram. Muitos já atuam como criadores de conteúdo, desenvolvedores de jogos, analistas de dados, gerentes de comunidade e fundadores de startups ligadas ao setor.
Essa movimentação está forçando uma transformação profunda dentro da indústria de games e no mercado publicitário. Empresas que querem se manter relevantes precisam aprender a dialogar com essa geração de forma real, inclusiva e transparente.
Um dos maiores legados da Geração Z é a diversidade. Eles estão forçando a indústria a incluir mais representatividade em seus personagens, narrativas e equipes de criação. Gênero, etnia, sexualidade e identidade estão ganhando espaço real, dentro e fora dos jogos.
Não basta entreter. Tem que engajar, representar e dialogar.
Essa galera valoriza propósitos claros, marcas com posicionamento e causas sociais relevantes. Querem ver coerência entre discurso e ação. E mais: exigem isso. Marcas que ignoram essas demandas correm o risco de se tornarem irrelevantes em um mercado onde tudo viraliza — inclusive os deslizes.
Eles são o presente e o futuro
A Geração Z está liderando uma revolução silenciosa que começa nos games, mas já está se espalhando por toda a cultura, consumo e comportamento. São inovadores, inquietos, conectados e politizados. E a cada dia que passa, estão assumindo mais espaço nas empresas, nas decisões e nas lideranças.
Marcas que conseguirem entender essa nova geração, falar sua língua, respeitar seus valores e cocriar com eles, terão em mãos o maior trunfo dos próximos anos: a atenção e a lealdade da geração mais influente da era digital.
Se você quer acompanhar de perto essa transformação ou já trabalha com marketing, games ou comportamento jovem, vale a pena explorar fontes como: